Nascer de um parto sem dor,
sem princípio, morrer sem luto
como início e fim de sonho bruto,
como memória no prato servindo à memória...
A transcorrência dos fatos,
A transcoerência do instante
ambos embalados na renitência
de um passo dado... a apostasia do sentido
a passar como se a luz fosse tudo
e não tão-só um conteúdo.
Viver de um princípio sem dor
nascer do luto de um parto
sonho bruto no prato servindo à memória...
como inícios e fins.
Compreender e prender
sequer soltando o que é súbito
à própria deriva para identificar-lhe o ser.
É o súbito quem dá passos,
a memória os finge como não faz um poeta...
Um princípio vivo nasce sem parto
o luto no prato é servido à dor
com fim de sonho bruto.
Início? Quem sabe irrelativo,
protonome reflexivo sem som
a enviesar o que já é viés...
Sabes ou não quem és?
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