A Copa acopla cúpulas
de bichos revolucionários
à culpa cuspida nas entrelinhas
daquilo que se espera ainda que podre...
E os méritos misteriosos
de todos os julgamentos
(necessários porque inerentes)
cheiram à vontade de potência,
e potência é ser ouvido
ser lido ou, existindo
ser em relação ao outro...
Nada para além do bem e do mal!
Na história da feiúra nenhum inimigo é belo,
e não ter inimigos é não ser em relação a nada.
O inimigo coletivo é o tempo perdido
com o século dezenove que retroage
sempre pendular.
Esquerda
Direita
Esquerda
Direita
Até que tontos e roubados
nos resta da filosofia
somente a bunda exposta na janela,
nos portais,
e o velho porre
e os sempre mesmos ais.
Ah... e a culpa...
aquela a partir da qual
criamos e recriamos o Estado,
como se em si mesmo este fosse
o templo de todas as desgraças,
o feitor desse engenho
que emprenhamos de ignorância
e de açúcar
(o que vai na caipirinha do gringo
com ginga,
pinga
e molezas solares e tropicais).
Não me perguntem minha posição política!
Fosse ela uma posição
ou uma oposição
seria burra e obcecada,
como quem, lendo uma frase,
pressupõe um texto todo
e conclui devires e estéticas.
Minha posição política
é a razão.
E a Copa? Vai ter?
Se tivesse,
quem,
quanto
e o que
ela teria?
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