O desfalecer das coisas
distingue os detalhes,
abstrai as linhas dos conglomerados
e realoca pós sobre outros montes,
sobre outros antes,
pra depois juntar os traços
e criar individualidades completas,
esses Frankensteins do tempo
que nada asseguram de si...
O desfalecer é todo sentidos,
porque é inerente
e incontrolável.
O que em mim desfalece
vê na verdade
um corrosivo
e teme.
Contrai-se.
Some.
à francesa, a vida em espiral
mexe o líquido dos sentidos
como quem, de saída, deixa pistas...
Desfalecer
é vida.
Tudo desfalece...
Nenhum comentário:
Postar um comentário