terça-feira, 3 de junho de 2014

GOSTO

Do movimento ao que estagna, pasmo
o paladar suposto imagina.
Tem gosto ou ainda não se define
em meio à própria fineza?
É o que sente ou o que é sentido
fora do discurso?
No curso do possível,
aprende-se a refutá-lo:
o gosto do impossível
então
saliva
rompe a si mesmo
pra que a língua sinta a língua.
O que foi suposto
a tudo premedita,
pois supor é intuir de maneira ainda finita...
A mensagem do gosto,
contudo
é ainda mais bonita
do que a imagem translitera
enclausurada em sua esfera.
Enquanto o gosto é
a imagem
era...

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